21 de novembro de 2012

As Crônicas de Nárnia (C. S. Lewis)

Anteontem (19/11/2012), terminei minha leitura do livro que leva o título desta postagem. Pra quem não sabe, o autor era cristão e escreveu livros como Cristianismo Puro e Simples, Carta de Um Diabo ao Seu Aprendiz e muitos outros.

Para uma coleção que foi publicada, pela primeira vez, durante a década de 50 (começando toda a história com O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, que foi o primeiro das sete crônicas, em 1950), estas crônicas são bem atuais, dando a impressão, muitas vezes, que foi escrita por alguém mais "atual", uma vez que Clives Staples morreu em 1963.

Lewis, de forma bem sutil, foi colocando emoções com as quais brigamos todos os dias, situações com as quais agiríamos semelhante senão igualmente e, mais sutilmente ainda, colocou princípios cristãos.

Em O Sobrinho do Mago (1955), pude ver como a ganância acaba com a vida de uma pessoa, e quão bela e majestosa foi/é a criação do mundo.

No livro mais conhecido e vendido, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950), ficou muito claro que há perdão para o mais terrível de todos, e quaisquer, atos, porque Jesus entregou sua vida em favor de todos, e o perdão é concedido àqueles que se arrependem de verdade. Depois de Sua morte, Ele ressurge glorioso.

O Cavalo e Seu Menino (1954) é o único que acontece, em primeira mão, se passa longe das terras de Cair Paravel e sem citar muito a família dos Pevensie [entende-se por irmãos, pais e primo, pra quem já assistiu todos os filmes] (que também não aparecem, nem um instante no primeiro livro), ocorrendo principalmente nas regiões da Calormânia e Arquelândia. Dá pra se ter um paralelo com a história de Moisés, que foi criado por pessoas de outra região e, quando crescido, libertou seu povo. Ele também nos traz a mensagem de que dias melhores estão por vir, que Deus está nos guiando, por mais que muitas vezes não percebamos isto.

Na obra Príncipe Caspian (1951), ao meu ver foi a mais "fraca" das 7 obras, porém não deixou de dar sua mensagem e ter sua emoção. Eu tirei com lição desta obra que na nossa própria força não conseguimos nada. Todas as tentativas são fracassadas. A partir do momento em que abrimos nossos olhos para a Verdade, aí as coisas começam a tomar outro rumo. A fé não morre.

Em A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952), ficou bem claro que as pessoas menos esperadas podem mudar pra melhor, uma nova vida, deixando todo o rancor [a pele grossa de dragão] para trás, e se transformar. Vi também que muitas vezes precisamos abrir mão de alguma coisa para conseguir outra, ou por simplesmente para salvar alguém.

A Cadeira de Prata (1953) foi uma aventura da qual dei muitas risadas com Brejeiro. Ele mostra que até mesmo alguém "Pessimista" pode ser a maior confiança de alguém, porque na sua essência, em seu coração, ele é bom e puro. Deu pra ver também que Deus nos dá ordens. Mesmo nas as seguindo da maneira correta (claro que isto nos trás consequências) Ele está ao nosso lado confortando e tentando mostrar o caminho certo. Ficou mais do que óbvio também que nem tudo o que é belo é bom, e o mesmo pode ser mortal, assim com o Diabo faz com a vida das pessoas, mostrando coisas boas e bonitas, pra depois acabar tudo.

Por fim, em A Última Batalha (1956), eu vi o que praticamente acontece hoje: pessoas pregando uma visão de Deus, que ele é alguém punitivo e severo, e muitas ainda dizem que Ele e Satanás são a mesma pessoa. Típica ideia do que na Bíblia temos com o Anticristo. Como comentei um pouco no livro anterior, Deus é bom, mas Ele corrige quando necessário e, mesmo desobedecendo, Ele dá seu perdão. Sobre as pessoas que pregam uma falsa visão de Deus, esta terá um fim horrível, mas para os que esperam por dias melhores, há um lugar bem melhor, um outro mundo, para aqueles que abrem seus olhos para a Verdade. Um outro ponto bem interessante é que, logo nos últimos capítulos, ficou bem implícito que os não cristãos também tem direito à Salvação, assim como os que são cristãos, podem não ter esse direito.

C. S. Lewis foi muito ousado, mas bateu com a cara e coragem e agora, seus livros estão voltando a ganhar notoriedade, ainda mais depois das 3 franquias cinematográficas.

Se você chegou aqui em sua leitura, fico muito feliz, porque as pessoas estão se fechando cada vez mais para as coisas que envolvem os nomes de Deus e Jesus.

Até a próxima!!

Todas as datas de publicação das crônicas
foram retiradas do volume que possuo da obra.