Sempre melhor que quente
Cama arrumada
Sempre junta a gente
Bolo de chuva
Junto com cobertor
Ave Maria quem já ligou pro vô?
Casa abafada
Luz que nem toca a gente
Mesa empenada
Bota um papel e a gente sai
Bolo de chuva
Acho que me molhou
Que coisa absurda
Alguém já ligou pro vô?
Sai de casa sempre assim que der
Mas sai sem esquecer que a sua casa é sempre aqui
Sair de casa é só pra quem quer
Pois a coragem anda a pé
E vai te levar pra longe
Meia jogada
No quarto jamais ausente
Quadro entortado
Dentro da foto a gente
Bolo de chuva
Traz mais unzinho pro vô
Olha a fritura
Mas dentro vem muito amor
Sai de casa sempre assim que der
Mas sai sem esquecer que a sua casa é sempre aqui
Sair de casa é só pra quem quer
Pois a coragem anda a pé
E vai te levar pra longe
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Essa música foi um pedido da minha irmã,
a Mariana. Ela, inclusive, tem um blog muito engraçado de pérolas que
acontecem com ela (de um jeito diferente, quase único, tipo a história
do orégano, que eu tenho uma leve participação), que ela conta de um
jeito bem peculiar. Só dar uma chegada no Instagram dela, o @mariserelepe e rir junto.
Bom...
como disse, Mariana é minha irmã. Irmã está no conceito que chamamos de
família. Família é um termo que vem perdendo seu contexto e real
significado. Quando eu lembro de família, lembro de pessoas sentadas em
volta da mesa na hora do café, almoço, lanche da tarde e janta,
conversando sobre tudo e nada. Dando risada ou chorando. Contando qual
foi a última notícia do mundo ou qual foi a última notícia dos parentes
que não vemos com tanta frequência. O que aconteceu no trabalho/escola
ou o que aconteceu com os amigos. Fazendo todo esforço para estar junto à
mesa (ou sendo obrigado enquanto queria estar jogando videogame).
Lembro
de estar reunido com os primos na casa dos avós brincando pra lá e pra
cá. Pega-pega, futebol, Power Rangers, piscina, carrinho, bicicleta...
tudo! E no final, a vovó sempre vinha com um lanche pra alegria da
criançada (quando não tinha o bônus de ganhar algum tipo de
picolé/sorvete). Sem contar as roupas e meias jogadas e perdidas em
cantos diferentes da casa.
Família
nos faz sentir... em casa! Lugar de conforto. Conforto que traz paz.
Paz que traz lembranças. Lembranças que nos fazem viajar no tempo e não
ver a hora passar.
Podemos
tomar rumos diferentes em nossas vidas. Mudar de casa. Cidade. Estado.
Por que também não pode ser país? É muita coragem criar distância física
de quem amamos. Porém essa distância não pode nos distanciar
emocionalmente. Nossas raízes. Quem somos!
Temos
dado valor àqueles que estão perto de nós física e emocionalmente?
Temos dado valor àqueles que formaram parte de quem somos (mesmo que
muitos tenham tido, infelizmente, uma experiência negativa com isso, há a
influência em querer ser diferente ou seguir o mesmo rumo)? Natal está
chegando. Talvez seja esta a oportunidade de perdoar, porque brigas
acontecem. Talvez seja a última chance de você ver aquele sorriso outra
vez. Aproveite o momento festivo.
“Mas sai sem esquecer que a sua casa é sempre aqui”
YouTube
Music: https://music.youtube.com/watch?v=hZmHIeT4J6A