21 de novembro de 2012

As Crônicas de Nárnia (C. S. Lewis)

Anteontem (19/11/2012), terminei minha leitura do livro que leva o título desta postagem. Pra quem não sabe, o autor era cristão e escreveu livros como Cristianismo Puro e Simples, Carta de Um Diabo ao Seu Aprendiz e muitos outros.

Para uma coleção que foi publicada, pela primeira vez, durante a década de 50 (começando toda a história com O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, que foi o primeiro das sete crônicas, em 1950), estas crônicas são bem atuais, dando a impressão, muitas vezes, que foi escrita por alguém mais "atual", uma vez que Clives Staples morreu em 1963.

Lewis, de forma bem sutil, foi colocando emoções com as quais brigamos todos os dias, situações com as quais agiríamos semelhante senão igualmente e, mais sutilmente ainda, colocou princípios cristãos.

Em O Sobrinho do Mago (1955), pude ver como a ganância acaba com a vida de uma pessoa, e quão bela e majestosa foi/é a criação do mundo.

No livro mais conhecido e vendido, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950), ficou muito claro que há perdão para o mais terrível de todos, e quaisquer, atos, porque Jesus entregou sua vida em favor de todos, e o perdão é concedido àqueles que se arrependem de verdade. Depois de Sua morte, Ele ressurge glorioso.

O Cavalo e Seu Menino (1954) é o único que acontece, em primeira mão, se passa longe das terras de Cair Paravel e sem citar muito a família dos Pevensie [entende-se por irmãos, pais e primo, pra quem já assistiu todos os filmes] (que também não aparecem, nem um instante no primeiro livro), ocorrendo principalmente nas regiões da Calormânia e Arquelândia. Dá pra se ter um paralelo com a história de Moisés, que foi criado por pessoas de outra região e, quando crescido, libertou seu povo. Ele também nos traz a mensagem de que dias melhores estão por vir, que Deus está nos guiando, por mais que muitas vezes não percebamos isto.

Na obra Príncipe Caspian (1951), ao meu ver foi a mais "fraca" das 7 obras, porém não deixou de dar sua mensagem e ter sua emoção. Eu tirei com lição desta obra que na nossa própria força não conseguimos nada. Todas as tentativas são fracassadas. A partir do momento em que abrimos nossos olhos para a Verdade, aí as coisas começam a tomar outro rumo. A fé não morre.

Em A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952), ficou bem claro que as pessoas menos esperadas podem mudar pra melhor, uma nova vida, deixando todo o rancor [a pele grossa de dragão] para trás, e se transformar. Vi também que muitas vezes precisamos abrir mão de alguma coisa para conseguir outra, ou por simplesmente para salvar alguém.

A Cadeira de Prata (1953) foi uma aventura da qual dei muitas risadas com Brejeiro. Ele mostra que até mesmo alguém "Pessimista" pode ser a maior confiança de alguém, porque na sua essência, em seu coração, ele é bom e puro. Deu pra ver também que Deus nos dá ordens. Mesmo nas as seguindo da maneira correta (claro que isto nos trás consequências) Ele está ao nosso lado confortando e tentando mostrar o caminho certo. Ficou mais do que óbvio também que nem tudo o que é belo é bom, e o mesmo pode ser mortal, assim com o Diabo faz com a vida das pessoas, mostrando coisas boas e bonitas, pra depois acabar tudo.

Por fim, em A Última Batalha (1956), eu vi o que praticamente acontece hoje: pessoas pregando uma visão de Deus, que ele é alguém punitivo e severo, e muitas ainda dizem que Ele e Satanás são a mesma pessoa. Típica ideia do que na Bíblia temos com o Anticristo. Como comentei um pouco no livro anterior, Deus é bom, mas Ele corrige quando necessário e, mesmo desobedecendo, Ele dá seu perdão. Sobre as pessoas que pregam uma falsa visão de Deus, esta terá um fim horrível, mas para os que esperam por dias melhores, há um lugar bem melhor, um outro mundo, para aqueles que abrem seus olhos para a Verdade. Um outro ponto bem interessante é que, logo nos últimos capítulos, ficou bem implícito que os não cristãos também tem direito à Salvação, assim como os que são cristãos, podem não ter esse direito.

C. S. Lewis foi muito ousado, mas bateu com a cara e coragem e agora, seus livros estão voltando a ganhar notoriedade, ainda mais depois das 3 franquias cinematográficas.

Se você chegou aqui em sua leitura, fico muito feliz, porque as pessoas estão se fechando cada vez mais para as coisas que envolvem os nomes de Deus e Jesus.

Até a próxima!!

Todas as datas de publicação das crônicas
foram retiradas do volume que possuo da obra.

6 de setembro de 2012

The Rifles - The Great Escape

A vida... Esta é uma que está sempre nos surpreendendo com pequenos ou grandes atos. Sempre nos colocando em situações de extrema alegria ou extrema tristeza. Ela sempre estará aí, querendo nós ou não.

Difícil (ou até mesmo impossível) encontrar alguém que nunca fez algum plano de vida. Pode ter sido até mesmo quando criança tinha sonhos de se tornar policial, bombeiro, astronauta, médico, advogado, jogador de futebol e muitas outras infinitas profissões. Isto é um plano de vida, por mais que muitas vezes não se vá realizar.

Há também aquelas pessoas que quando já estão mais "velhas" e querem uma vida profissional: vou me formar, fazer pós e doutorado e depois casar. Isso não deixa de ser também um plano de vida.

Agora, viver somente dos planos e não "curtir" a vida, "pode isso Arnaldo"?

Eu particularmente sempre quis fazer muitas coisas, só que as pessoas sempre falaram "não", "não pode", "não convém", e outras tantas negativas. Tudo bem que muitas dessas pessoas já tiveram experiências de vida e não querem que "quebremos a cara" e então, nos passam dicas da vida.

Sou a favor SIM de escutar o que os mais velhos tem a falar, só que não posso deixar de falar que os tempos são outros. O ambiente é outro.

A vida é muito curta. O tempo está passando muito rápido. Final do mês de Agosto estava eu, marcando minha folha de horário-ponto e então me deu vontade de olhar o resto da folha NÃOSEIPORQUALMOTIVO e então percebi que fazia um mês já que eu estava trabalhando. Parecia que foi ontem que eu comecei meu estágio, que chorei por não querer mais (e hoje estou adorando).

Em meu passado fui um garoto que sempre seguiu (ou pelo menos tentei) as regras de forma correta, nunca faltei as aulas estando no ambiente de escolar. 

CLARO QUE hoje não sou o o contrário de tudo isto. Ainda tenho em mim essa atitude "correta" mas, não posso deixar de falar de alguns lugares "proibidos" que entrei no meu último mês de 3ªº  com alguns amigos e amigas (haha, foi muita emoção) [2010], algumas aulas que faltava de propósito no cursinho (porque ODIAVA o conteúdo) pra poder ficar conversando na lanchonete [2011] e algumas aulas que faltei este ano na faculdade pra poder ir em shows, covers ou apenas pra ficar conversando com os amigos de outros cursos que não tinham aula, porque ou o professor ficava só no bláblábláblá ou tinham (tem!) uma voz irritante.

A vida está aí pra ser vivida mas, uma coisa tem que ficar bem e explicitamente claro:


TODA ATITUDE TEM UMA CONSEQUÊNCIA, SEJA ELA BOA OU MÁ. TUDO O QUE VOCÊ PLANTAR, VOCÊ VAI COLHER!

Saiba moderar suas atitudes, mas viva... Viva MUITO, antes que venha o grande sono e você não tenha tempo de se arrepender.




A Grande Fuga

Hoje poderia ser o dia em que você poderia fazer uma mudança
Trancar-se dentro de casa e planejar uma fuga
Andar pro lado de fora em um dia de temporal
O tempo do Verão Britânico é grande tanto faz

Junte-se a uma gangue local e pegue um apelido bacana
Faça de seu amor eterno sua bola e corrente
Converta sua crença para uma nova Religião
Ou deixe a TV ligada, tome uma decisão de quando você estiver

Esperando pelo dia em que você não está procurando
alguma coisaPor alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer
Esperando pelo dia em que você não está procurando
Por alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer

Vá e coloque suas últimas 5 pratas na loteria
Se você não está lá para ganhar, bem, então você não receberá
Então talvez coloque todos seus ganhos em um estrangeiro
E se ganhar você estará sorrindo e poderá celebrar

Seis meses de nossas vidas estão na luz vermelha
E há mil chances de se acertar
Então coloque seu pé na porta porque é gratuita
Ou deixe a TV ligada, tome uma decisão de quando você estiver

Esperando pelo dia em que você não está procurando
alguma coisaPor alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer
Esperando pelo dia em que você não está procurando
Por alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer

Rompa seus laços e encontre uma nova situação complicada
Mostre ao plano local a sua generosidade
Recue nas sombras e seja um braço direito
Compre uma quase vizinhança ao Taliban

Quem sabe o que acontece nos arredores
Levante-se, fique bêbado com todos seus melhores amigos
Celebre seu lado para uma nova divisão
Ou deixe a TV ligada, tome suas próprias decisões

Esperando pelo dia em que você não está procurando
alguma coisaPor alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer
Esperando pelo dia em que você não está procurando
Por alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer

Esperando pelo dia em que você não está procurando
alguma coisaPor alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer
Esperando pelo dia em que você não está procurando
Por alguma coisa qualquer, por alguma coisa qualquer

Não deixe seu dia durar muito antes que se torne uma semana
Vá e faça uma mudança antes do grande sono.

21 de agosto de 2012

Impellitteri - Last of a Dying Breed

É engraçado encarar a sociedade nos tempos de hoje. São guerras, mortes, destruições, violência explícita e uma vida muitas vezes sem esperança alguma.

É tão comum conviver com a violência. Se tornou rotina abrir o jornal, ligar a televisão, acessar um site de notícias e dar de cara com a matéria principal falando de algo que remeta a violência/sofrimento.

Claro, não podemos negar também a presença de matérias que, como diriam muitas pessoas, "restabelece a fé na humanidade", mesmo estas sendo mais incomuns.

Nestas 3 últimas semanas, por exemplo, vi umas 2 matérias que me fizeram chorar de emoção, em compensação, em um dia eu vi mais que o triplo de notícias falando de notícias que chegam a dar revolta pela violência, pelo motivo de briga, pela guerra.

A guerra é causada pra ocorrer uma transformação na sociedade, seja ela boa ou ruim. Uma guerra pode ocorrer por diversos motivos, como religiosos, intelectuais, morais e vários outros. Pode até ser como forma de reduzir o tamanho da população.

São motivos RIDÍCULOS mas que infelizmente estão ao nosso redor. Podemos nos sentir como os últimos de uma geração que ainda tem esperança. Podemos muitas vezes até pensar que só nós vivemos no mundo, por causa de nossos pensamentos e ações.

Nós, que pensamos dessa forma, devemos nos unir e causar a diferença na sociedade. Ser a ajuda em meio a destruição, ser o ombro amigo em meio ao choro.

Nós somos os últimos de uma nação em extinção!




Último de Uma Raça Em Extinção


Eu sou o único
Você pode ver o medo dentro de seus olhos

Ruptura ao amanhecer,a criminalidade está a aumentar
Trazendo-lhe o vídeo, pessoas morrendo
Ninguém sabe o que está acontecendo, as crianças se escondendo
As ruas são como uma zona de batalha, a viúva está chorando

Tenho que encarar todos os meus inimigos
Proteger e defender o que é meu
Eu vou lutar até a vitória
Porque eu sou o único, o último de uma raça em extinção

A vida e a morte está na ponta, a esperança está sumindo
Pessoas saltando do alto,sufocando
Mantenha-se alerta e assista a sua volta, a retribuição
Sob cerco sob ataque, nenhuma solução

Olhos de medo, uma nação morta
Regras do Caos, você sente a frustração
Ninguém está seguro, um sistema quebrado
Defender a minha terra, eu não vou ser uma vítima

Tenho que encarar todos os meus inimigos
Proteger e defender o que é meu
Eu vou lutar até a vitória
Porque eu sou o único, o último de uma raça em extinção
Não vou viver com medo

Tenho que encarar todos os meus inimigos
Proteger e defender o que é meu
Eu vou lutar até a vitória
Porque eu sou o único, eu estou embaixo da arma
Tenho que encarar todos os meus inimigos
Proteger e defender o que é meu
Eu vou lutar até a vitória
Porque eu sou o único, o último de uma raça em extinção

17 de julho de 2012

Iron Maiden - Wasted Years

Ééééé... Depois de um LONGO tempo sem escrever nada, aqui estou eu mais uma vez (: Foi um tempo onde fiquei só eu, com coisas que só eu sei dizer que, em partes foram ruins e em partes boas para minha pessoa. O mais importante é que estou vivo!

Neste tempo de reclusão, pensei em muitas músicas também, mas nem todas pareciam fazer sentido algum para mim; algumas faziam até demais e outras mais ou menos, mas nenhuma me inspirava a escrever algo, até porque eu não me sentia bem comigo mesmo, mas ainda bem que essa fase escura passou e faz uns 3 dias que estou com essa música na cabeça.

Ela tem um grande significado pelo meu jeito de ser (que pode muitas vezes não parecer) que é viver a vida como se não houvesse o amanhã (Legião Urbana, Pais e Filhos), ser intenso nos meus desejos e vontades, pra não não me arrepender mais pra frente de não ter feito, vivido.

Haverá momentos em que a saudade do lugar de onde já estivemos, de onde já chamamos de lar, mas valerá a pena se foi pra aproveitar a vida, o tempo, os melhores anos (que é o HOJE)!

Que seus anos até hoje não tenham sido desperdiçados/perdidos e, se foram, faça mudar, porque quem guia o rumo da sua história é somente você.

Até a próxima.

19 de abril de 2012

Metallica - Broken, Beat & Scarred

     Cair, levantar, cair novamente e então se erguer mais uma vez. Este é um ciclo infinito na vida do ser humano. Em algumas este ciclo ocorre com mais frequência, com outros menos, mas não há NINGUÉM que nunca passou por isso.

     O processo é árduo mas sempre estará tornando a pessoa mais forte psico e emocionalmente. Sempre há a vontade de chorar, desistir, querer parar de viver mas NÃO! Você não pode parar porque a vida continua.

     Não posso negar que existem situações que te levam ao extremo (eu estou vivendo isto neste exato momento), que te pressionam e te fazem perder o rumo ou ânimo mas não podemos deixar isso ser prioridade em nossas vidas.

     Assim como uma SMS que eu mandei para alguns contatos "coisas boas e ruins podem acontecer num mês, semana ou dia; sendo ela ruim, você não pode deixar acabar com seu dia. Tem que dar um chute nesse problema, gargalhar nele e seguir em frente". O sentido que falo chutar não é no sentido literal ou abandonar mas sim tentar superar. Se necessário for, abandone, mas não sem ter lutado antes.

     "O que não te mata te torna mais forte"...
     Até a próxima!



Quebrado, Espancado e Cicatrizado


Você levanta
Você cai
Você está derrubado, então se ergue de novo
O que não te mata te torna mais forte
Você levanta
Você cai
Você está derrubado, então se ergue de novo
O que não te mata te torna mais forte
Levanta, cai, se ergue novamente
O que não te mata te torna mais forte
Levanta, cai, se ergue novamente
O que não te mata te torna mais forte

Através de dias negros
Através de noites negras
Através de pensamentos negros

Se quebrando em uma vida dura que está chegando
Mostre suas cicatrizes
Cortando seu pé em uma terra dura, correndo
Mostre suas cicatrizes
Quebrando sua vida, quebrado, espancado e cicatrizado
Mas nós persistimos

O amanhecer
A morte
A luta pelo último suspiro
O que não te mata te torna mais forte
Acordar,morte,luta,suspiro final
O que não te mata te torna mais forte
Acordar,morte,luta,suspiro final
O que não te mata te torna mais forte
Acordar, morte, luta, suspiro final
O que não te mata te torna mais forte
Acordar, morte, luta, suspiro final
O que não te mata te torna mais forte.

Eles me arranharam
Eles me despedaçaram
Eles me cortaram e me estupraram

Se quebrando em uma vida dura que está chegando
Mostre suas cicatrizes
Cortando seu pé em uma terra dura, correndo
Mostre suas cicatrizes
Quebrando sua vida, quebrado, espancado e cicatrizado
Somos difícil de matar.

Se quebrando em uma vida dura que está chegando
Mostre suas cicatrizes
Cortando seu pé em uma terra dura, correndo
Mostre suas cicatrizes
Entrançando sua alma em uma história sem sorte
Mostre suas cicatrizes
Espalhando seu sangue na glória do sol quente
Mostre suas cicatrizes
Quebrando sua vida, quebrado, espancado e cicatrizado
Difícil de matar.

1 de março de 2012

U2 - Miracle Drug

É incrível como nós, seres humanos, julgamos uma pessoa somente pela sua capacidade FÍSICA e não INTELECTUAL.

Ainda bem que existem pessoas que nos amam incondicionalmente e acreditam em nossas vidas, muitas vezes só pelo brilho de nossos olhos.

Com Cristopher Nolan não foi diferente. Sua mãe acreditou no brilho de seus olhos e, mesmo tendo só paralisia, ela lhe ensinava coisas, pois acreditava em um futuro melhor para sua vida.

Quando este tinha cerca de 13 anos, foi descoberto um remédio que lhe ajudaria com alguns movimentos de sua cabeça, e isto ajudou a expressar o que estava preso em sua mente.

Como o amor de uma pessoa pode salvar vidas!
Com cada um de nós não foi diferente... Deus nos amou tanto que enviou seu único filho, Jesus, pra morrer em nosso lugar. Maior prova de amor INCONDICIONAL/SEM CONDIÇÕES que já existiu.

Tá, as vezes você que está lendo neste momento possa não acreditar nisso... Eu te respeito, mas de fato é nisto que eu acredito e vivo!

Deixe Cristo agir em sua vida e ser um "Remédio Milagroso", assim como um remédio milagroso fez a diferença na vida de Cristopher Nolan.

Dedico este vídeo em especial pro meu irmão Matheus, que me mostrou a música e a explicação sobre ela!!

No começo do vídeo, é a explicação da música pelo Bono.
A parte que ele explica isso foi cortada, mas dá pra perceber perfeitamente a ligação da história com a letra!!

2 de fevereiro de 2012

Focus - Sylvia/Hocus Pocus


Música:
mú.si.ca
sf (lat musica) 1 Arte e técnica de combinar sons de maneira agradável ao ouvido. 2 Composição musical. 3 Execução de qualquer peça musical. 4 Conjunto ou corporação de músicos.5 Coleção de papéis ou livros em que estão escritas as composições musicais. 6 Qualquer conjunto de sons. 7 Som agradável; harmonia. 8 Gorjeio. 9 Suavidade, ternura, doçura.10 fam Choro, manha. M. absoluta: a que agrada por si mesma, sem necessidade dos elementos objetivos ou psicológicos do título, texto ou programa.

Vou me apegar bastante aos pontos 6 e 10:
- Qualquer conjunto de sons;
- A que agrada por si mesma, sem necessidade dos elementos objetivos ou psicológicos do título.

A emoção que se sente quando se ouve uma música depende muito de pessoa pra pessoa. Eu posso gostar de uma música e achar ela “a mais legal de todar eternidade do universo existente na galáxia” mas uma outra simplesmente ouvir e falar “legal”.

É complicado impor um gosto musical, uma crença, uma opinião, ainda mais se for de forma grosseira e estúpida.

Focus é uma banda holandesa de rock progressivo. Seu primeiro álbum lançado foi no ano de 1970 apesar da mesma já estar formada desde 1969. Suas músicas envolvem melodias não muito comuns mas ao mesmo tempo atraentes e divertidas.

Poucas envolve letras e muitas são consideradas instrumentais. Há também os casos em que ele faz alguns resmungos (como a própria Hocus Pocus). Em uma entrevista, Thijs van Leer comenta que esta música não pode ser considerada instrumental justamente pelo fato dele estar fazendo um “yodeling” [cantar com frequentes mudanças da voz normal para o falsete e então voltar novamente, na maneira dos montanhistas Suíços e Tiroleses(?) (dictionary.com)]. Entramos aí nos pontos 6 e 10 da definição segundo o Dicionário Michaelis. “Cantarolar” não envolve nenhuma poesia ou apegação ao psicológico e também é uma mistura de sons.

A primeira música que toca (Sylvia), em sua versão de estúdio ela é bem calminha. Chega até lembrar uma música de ninar mas achei interessante que a mesma foi modificada, não perdeu sua graça e beleza e ficou agitada!

Focus é uma banda que recomendo à todos que querem ouvir um som progressivo, não necessariamente cantado, antigo e de EXCELENTE qualidade. Aos mais interessados em discos recentes, eles tem álbuns nos anos 2002 e 2006 e também estão bolando um novo disco (informação via site oficial).

Aproveitem esta “arte e técnica de combinar sons de maneira agradável ao ouvido” (ponto 1 do Dicionário) e tenham um ótimo dia :]


12 de janeiro de 2012

Diário de Bordo: Uma Aventura Entre Irmãos


já informo que é um texto grande
leia com carinho e paciência
algumas músicas e cenas citadas estarão no final da postagem


Depois de muito tempo bolando e pensando no que escrever sobre como foi minha viagem de ida e volta junto com meus irmãos, finalmente aqui está um resumo (talvez não tão resumido assim) de como foi nossa ida para Itajubá-MG e retorno para Cascavel-PR.

Antes da viagem propriamente dita começar, a história começa na tarde do dia 23 de Dezembro, quando fui na Lojas Americanas comprar cd virgem para gravar a trilha sonora da viagem, que não seria nada curta. Eu todo feliz com 20 cds na mão até que a caixa que me atendeu, depois de ter contado os cds olhou para mim e disse:

              - Senhor, não gostaria de aproveitar a promoção e levar o cd da Paula Fernandes por apenas 20 reais?

              - Moça, eu não gosto de Paula Fernandes! *com um sorriso bem disfarçado*
              Ela esbugalha o olho, perde a cor e me encara como se fosse o fim do mundo.

              - Isso mesmo moça, eu não gosto de Paula Fernandes. Se fosse um cd do Iron Maiden, Metallica, ~~ a partir daqui avacalhei porque não gosto dessas bandas ~~ Sepultura, Korn, Disturbed eu até pensaria em levar.

              - Só falta me dizer que você gosta de Marilyn Manson!!!

              - Não não... Acho ele muito bizarro...

              Minha mente para começar a viagem já tinha dado um grande ânimo depois deste ocorrido.

Em casa, depois de ter arrumado a mala e organizado na sala pra quando fosse a hora de sair, apenas pegar tudo e descer, comecei a gravar a trilha sonora da viagem. Separei um monte de música. O tempo que tive, deu para gravar 6 cds mas não gravei de qualquer forma. Coloquei TODAS no Windows Media Player e mandei ele embaralhar de forma aleatória as música, logo, eu não saberia qual música estava em qual cd. Enquanto ia gravando os cds, fui conversando com minhas tias na internet. Foi uma conversa muito boa que vou guardar em minha mente porque elas me tranquilizaram bastante com relação ao vestibular, porque nesse dia chorei por causa do resultado. Faltando meia hora antes do combinado pra levantar e tomar o rumo da estrada, desliguei o computador depois de ter gravado o 6º cd e fui deitar. Eu tinha colocado o despertador, mas de nada adiantou. Acordei com meu irmão me chamando insistentemente. Eu parecia um zumbi!

Quando estávamos nós 3 no carro, começou nossa trilha sonora. Uma música melhor que a outra (claro que não vou lembrar qual estava em qual). Durante um certo tempo de viagem, logo quando o sol começou a iluminar tudo, meu irmão, que tinha pegado um óculos emprestado pra poder viajar, antes de colocar ele disse:

              - Mari, por favor pega pra mim o óculos? Ahh, este óculos é incrível. Ele é anti-tudo. antirreflexo, anti-tiro. Reza a lenda que é até anticoncepcional.

Pronto... Depois que ele colocou o óculos, um pombo bateu com tudo no para-brisa do carro. Foi motivo de risada: só não é anti-pombo!!!

Detalhe para mim que mesmo em estado zumbi por ter dormido somente meia-hora, não tinha dormido até aquele ponto. Isso estávamos acho que na metade do segundo disco.

Cada cd tinha música que identificava somente comigo, somente com meu irmão, somente com minha irmã ou com nós três. Quando chegamos no 4º, foi este que mais se identificou com os 3.

Veio uma sequência incrível de músicas: Bycicle Race (Queen), Stop The Rock (Apollo 440), I Got You (James Brown), Tornado of Souls (Megadeth), I Don’t Wanna Miss A Thing (Aerosmith), They Don’t Care About Us (Michael Jackson), Thriller (Michael Jackson) e Fly Away (Lenny Kravitz).

Na altura do Queen, meu irmão tinha me perguntado se eu não tinha colocado nenhuma deles. Logo após o comentário, qual música começa a tocar? Primeiro motivo de susto e risos. Quando começou a tocar Stop The Rock, meus dois irmãos começaram a gritar: Noooooossaaaaaaa, eu não esperava essa música NUUUNCA! - Diversão na certa (essa música foi considerada a trilha da nossa viagem, junto com outras duas).

Quando estava tocando James Brown, passamos por um pedágio e, a cada pedágio que passávamos, fazíamos questão de deixar o som alto. As meninas que estavam tentando vender o “Passe Livre” olhavam pra dentro do carro com uma cara de susto. O cobrador, quando foi receber o dinheiro, deu um grito junto com a música. Pra que? Foram 4 pessoas rindo! Coitado... A cada carro que passava, 98% deveria estar tocando sertanejo ou não estar tocando nenhuma música.

O nosso caminho seguia normal, observávamos as paisagens, os nomes das cidades. Nada de muito diferente até que, um motoqueiro nos chamou muito a atenção. Ele era “grande”. Chegamos a chamar ele de bonecão de posto. Aqui no Paraná, após as cabines de pedágio, tem um tipo de casinha onde dá pra esticar a perna, usar o banheiro, tomar uma água, olhar o mapa ou apenas esticar as pernas. Esse bonecão tinha parado, assim como nós, só que, o mais engraçado, o cara REALMENTE era um bonecão de posto. Não era culpa do vento que deixava ele grande. Aliás, um dos principais motivos de pararmos bastante era por minha causa, devido a meu problema na coluna. Dizia meu irmão que ele tem um super-herói, assim como o Quarteto Fantástico tem o Tocha Humana, ele tem o Escoliose Humana. Outro motivo pra diversão durante o resto da viagem.

Na entrada da cidade de Londrina, existem algumas fábricas de café e (óbvio que) o cheiro de café fresco fica no ar. Meu irmão todo feliz de que iria sentir o cheirinho de café, quando viu uma silo grande disse:

              - Nossa, que cheirinho de café!!

Quando chegamos mais perto, era uma fábrica de rações. Nada de cafeeiros por perto.

Eu digo que a viagem foi divertida até este ponto mais ou menos, porque pouco depois o sono e cansaço vieram juntos. Resultado: dormi praticamente metade do trajeto percorrido no estado de São Paulo. Quando acordei, estava querendo escurecer, o tráfego tinha aumentado e a impaciência também.

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Em Itajubá, foi muito bom reencontra os familiares, pai e mãe, avôs e avós, tios e tias. Passar a véspera de Natal e o Natal com eles.

Um dos motivos TAMBÉM pelo qual fomos pra lá foi buscar as minhas roupas e de minha irmã também. Por causa disso, ficamos alguns dias a mais.

Teve um dia que chegamos nós três muito tarde em casa e não estávamos nem um pouco afim de fazermos algo pra comer. Enquanto minha irmã estava no telefone com uma amiga, eu e meu irmão fomos procurar algum lugar que talvez estivesse aberto a essa hora.

Passamos no sambódromo e tinham algumas barracas sendo montadas. Paramos perto de um senhorzinho e perguntamos se ele sabia de algum lugar que estivesse aberto, porque até então não tínhamos tido vestígio algum. O bom senhor disse que não fazia ideia mas que, dali meia-hora o homem do pastel estava chegando. Fiquei impressionado com o empenho deles de estarem ali, 3 horas da manhã começando a montar suas barraquinhas.

Eu e meu irmão continuamos nossa jornada em busca do lanche ou qualquer coisa que desse pra satisfazer nossa fome. Perdidos em meio a madrugada, encontramos um motoqueiro empurrando sua moto. No desespero, perguntamos a ele. Ele nos indicou um lugar onde a distância era tipo LÁÁÁÁÁÁÁ. Agradecemos e fomos a procura do tal lugar. No meio do caminho, em frente a um ponto de mototáxi, haviam dois seres. Um identificamos como traveco mas o outro... ficamos em dúvida. Muito bem produzida e linda para ser um homem... Mas enfim, achamos o tal lanche e mais meia hora depois conseguimos pegar nossa comida e levar para nossa irmã.

Em Itajubá não aconteceu muita coisa que merecesse TANTO destaque assim. Prossigo então com nossa viagem de volta.

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Na tarde do dia 29, peguei os cds que haviam sobrado da primeira gravação e gravei outra sequencia músicas, só que dessa vez só evangélicas!

Logo no começo da viagem, já desmontei e dormi. Acordei quando já estávamos no estado de São Paulo (se bem que de Itajubá pra entrar em SP não é muito longe). Quando acordei, falei pra minha irmã que ela poderia dormir um pouco que eu ficaria acordado com meu irmão. Rapaz, foi tenso hein! O cansaço estava me dominando de tal forma... Depois de algumas horas, acordei ela falando que estava morrendo de cansaço. Ela deu risada mas disse que já tinha dado pra recuperar as forças e seguir em frente.

Cochilei pouca coisa e logo depois acordei. Minha irmã tinha dito que erramos o caminho. Procurando um retorno, o carro deu um barulho muito estranho e meu irmão no mesmo instante procurou colocar o carro no acostamento, porque disse que tinha perdido completamente a estabilidade e não conseguia manter o volante reto. Ficamos preocupados, porque antes de sair de Minas, fizemos uma segunda revisão no carro pra viajar seguros.

Duzentos metros à frente tinha um posto de Polícia Rodoviária. Meu irmão foi lá procurar eles pra buscar um guincho, já que não conseguimos identificar qual era o problema.

Enquanto meu irmão foi lá buscar ajuda, eu peguei meu violão e, junto com minha irmã, fomos debaixo de uma arvorezinha perto do carro e começamos a cantar. Das músicas que toquei, só me lembro de ter tocado “É Preciso Saber Viver”, na versão do Titãs.

Depois de um tempo, meu irmão aparece correndo e, quando nos viu, fez como jogador de futebol: colocou a camiseta na cabeça, ergueu os braços e veio “comemorando”. Risada na certa!

Enquanto esperávamos o guincho, ficamos lá tocando violão, acenando pros carros que buzinavam pra nós. Pra que chorar sendo que você pode rir da vida, mesmo tudo parecendo que está dando errado?

Uns 10~20 minutos depois apareceu o guincho. Entramos em nosso carro e fomos sendo guiados. Tenho que confessar: sensação estranha e engraçada ao mesmo tempo. Seu carro está andando mas o motor está desligado, sem contar o balanço que ele faz! Neste tempo, fomos avisando amigos e parentes sobre o acontecido do carro, já que estávamos próximos de uma cidade e tinha torre de celular, e dando muitas risadas com o fato de estarmos em um guincho.

Falando em celular, quando fomos tocar violão embaixo da arvorezinha, minha irmã pegou os dois celulares dela, o de Minas e o do Paraná. O de Minas tocou e ela foi atender. Enquanto falava no telefone o guincho chegou e nos pegou. Resultado: o celular com o chip do Paraná ficou na rodovia!

O guincho nos deixou perto de um posto de gasolina na cidade de Piracicaba. Ele fez a parte dele, já que era um serviço do DER e nos indicou algumas oficinas. Depois de ter ido embora, meu irmão primeiramente foi procurar a tal oficina que o guincheiro tinha indicado, já que a certeza de não estar aberta era muito grande por ser dia 30 de Dezembro. Logo, meu irmão voltou dizendo que não tinha achado.

Nós 3 resolvemos sair juntos à procura de uma oficina, mesmo sabendo da incerteza de encontrar uma. Nisto, enquanto pegávamos alguns utensílios que seriam “importantes” caso fôssemos ficar hospedados em um hotel, um carro que vendia a famosa “Pamonha de Piracicaba” passava por perto. Abordamos a vendedora pedindo ajuda, se ela sabia de alguma oficina ou coisa assim. Ela tentou nos ajudar e até ofereceu carona até o shopping. De nada adiantaria naquele momento ir para o shopping sem a última gota de certeza do mecânico.

Continuamos a procurar... E procurar... Até que descendo algumas quadras, encontramos uma oficina aberta. Chegamos lá e perguntamos se eles estavam atendendo, mas logo responderam que não, era só pra limpeza mas, o homem que nos atendeu foi muito gentil e foi ligando para outras oficinas que talvez pudessem estar abertas. Ele achou uma e nos indicou o lugar. Agradecemos e seguimos nosso caminho.

Apesar de ser uma história um tanto quanto tensa, demos bastante risada: chorar pra que? Também rimos bastante do sotaque regional. Um sotaque bem puxado MESMO, algo bem tipo o filme A Família Buscapé. Parece que existe somente em brincadeiras, tipo esse filme, mas de fato não é.

Assim que encontramos primeiramente a oficina, conversamos com o Alemão, que é o mecânico. Ele não estava muito afim de atender mas o pastor que estava do lado dele (isso foi antes de sabermos que ele era pastor) falou pra trazer com uma grande empolgação. Se não fosse por isso, acho que o Alemão não teria nos atendido.

Com muito medo do barulho que o carro estava fazendo, fomos abaixo de 20 km/h até chegarmos na oficina. Lá colocamos o carro dentro da garagem e o ajudante do Alemão foi analisando o carro. Quando ele ergueu as rodas traseiras, meu irmão colocou o pé apenas por colocar na roda traseira esquerda... Ela estava COMPLETAMENTE SOLTA, apenas presa por nãoseioquê!

Na hora fiquei muito assustado mas logo depois agradeci a Deus, porque se tivéssemos “acertado” o caminho, quem sabe onde cargas d'água eu e meus irmãos estaríamos agora?

Na oficina, conversamos com todos ali. O Alemão era uma figura e tanta. Velhinho já mas firme na sua posição e saúde (apesar de sempre estar com um cigarro na boca). Ali chegou a esposa dele, conversamos também com ela. Sem contar os comentários do ajudante do Alemão. “Mulher pra mim é igual carro: quando vence o IPVA já está na hora de trocar” e outros muito nada a ver.

Ali também estava o pastor Olegário. Esse sim vai ser difícil esquecer. Ele não trabalha com o Alemão mas é um grande amigo do mesmo. Ele ali ficou firme até a hora do carro consertar (e isso foi mais de 3 horas!). Conversou, brincou, deu o telefone, falou pra cantarmos na igreja dele quando passássemos por Piracicaba. Ele ali foi um anjo em nossas vidas, assim como o Alemão, a esposa dele e o ajudante.

Depois de pronto o carro, antes de sairmos o pastor orou com a gente. É um milagre estarmos vivos e eu aqui escrevendo pra vocês esta história. Logo após a oração, despedimos de todos ali (a esposa do Alemão chorou!) e o pastor nos guiou até a saída da cidade.

Seguimos então com nossa aventura... Agora sim começava a ficar divertida a história!

Por diversas vezes paramos pra poder ver o mapa e o caminho que estávamos seguindo, se DE FATO era o certo ou não. Erramos toda vez que achávamos que não precisava do mapa. Nessas paradas e em alguns caminhos sem parar mesmo, encontramos diversos tatus mortos. O primeiro deles foi quando o mapa voou pela janela. Minha irmã deu um grito quando isso aconteceu. Eu vi a cena toda por estar sentado no banco atrás dela. Voltamos correndo para pegar o mapa. Assim que ele estava em nossas mãos, meu irmão olha para o para-brisa e diz: “Nossa, um réptil! Que lindo!”. Quando nos aproximamos de lado, vimos que era um tatu morto e não um réptil em seu banho de sol.

Mas a viagem não foi feita somente por tatus mortos e mapas voadores. Também foi feita também de erros ao ler ou identificar, como citei lá em cima sobre “o cheiro de café”, mas nessa altura meu irmão viu uma pequena placa e comentou:

              - Ué? Mas não era pra estarmos na rodovia 277 não.

Depois de olharmos bem, era o km 277 e não a rodovia. Por fim, fomos chegando perto da cidade Ourinhos e nesta altura resolvemos que não continuaríamos a viagem mas sim que iríamos parar em um hotel pra descansar o nosso físico e mental que estavam muito abatidos.

Pouco antes da cidade de Ourinhos tem dois postos de parada do Graal. Paramos no que vem por primeiro. Lá pedimos algo para não passarmos fome. Enquanto meus irmãos pegaram salgado, como eu não estava me sentindo muito bem, fui pegar algo mais leve. Fui pedir apenas um pão na chapa. Enquanto esperava, meu irmão veio ver se eu estava pouco melhor. Nisso, ele perguntou pra atendente sobre um hotel em Ourinhos. Ela como era de Santa Cruz do Rio Pardo não sabia em Ourinhos mas sim na cidade dela. Ela disse que também teria um “bailão” lá e convidou a mim e meu irmão para irmos no mesmo. Senti uma leve cantada dela hehe

Saindo do Graal, procuramos a tal cidade e o hotel. Achamos ele e NOSSA! Que hotel bonito e confortável. Lá dentro, já no quarto em que pegamos para passar a noite, combinamos a ordem de tomar banho. Meu irmão foi o primeiro. Assim que ele tirou a camiseta, mais um motivo para dar muitas risadas. Ele virou o sorvete napolitano da viagem. Cara vermelha, braço preto e peito branco... Sem contar que também virou nosso Johnny Cage, porque o óculos que usava era semelhante do mesmo e, do tempo que ficou com o sol na cara, deixou a parte que o óculos protegia branco!

Assim que acordamos, tomamos um café de marajá. Tudo no melhor e caprichado. Isso sim que é um pontapé inicial para uma viagem LONGA. Na mesa mais parecíamos amigos fazendo uma viagem junto do que três irmãos viajando juntos.

A estrada estava nos esperando, assim como outros fatos.

No caminho pegamos chuva e, acredite se quiser, dentro do carro teve goteira!!! E pra ajudar ainda, a neblina estava muito forte. Ahh, não posso deixar de destacar que as músicas estavam sempre nos animando a continuar na estrada no melhor estilo rock n' roll/metal.

Depois de Ourinhos já é a divisa do estado de São Paulo com Paraná, e a primeira cidade é Londrina. Logo depois de Londrina tem a cidade de Santa Mariana. Em Santa Mariana fizemos uma parada pra ir no banheiro e esticar as pernas. Depois de eu ter ido no banheiro, sentei numa poltrona que tinha no restaurante e fiquei esperando meus irmãos. Sim, eu cochilei bonito a ponto de sonhar naquela poltrona. Acordei com os dois rindo de mim!

De Santa Mariana tínhamos que pegar um caminho que iria parar em Maringá. Pra variar só um pouquinho, erramos o caminho. Nos sentimos no meio DO NADA. Começamos a ficar com medo porque nenhum sinal de vida nos aparecia (bom, pelo menos daqui pra frente não encontramos mais tatus mortos). Ainda na expectativa de um ser vivente, encontramos um senhorzinho que andava literalmente jogando as mãos pro lado e empinando a cintura ao andar. Figura hilária! Paramos e perguntamos a ele qual o caminho pra cair na rodovia e seguir pra Maringá. Ele explicou o caminho. Agradecemos. Depois de agradecido, ele começou a falar TODAS AS CIDADES que iríamos passar na rodovia. Enfim conseguimos que ele parasse de falar e acertamos a rodovia.

Nesse tempo, dei uma cochilada. Dizem meus irmãos que nesse tempo eles passaram por um trecho zumbi. Casas e locais públicos destruídos, até mesmo um posto policial com um ventilador ligado e a luz acesa mas NINGUÉM dentro.

Pouco depois disso, meu irmão me acordou:


              - Jur! Esta aqui não parece a estrada para San Fierro (estrada no jogo do GTA San Andreas)?
              - Ããããn...
Tive consciência do que fiz mas foi a única palavra que consegui esboçar. Pra que? Tudo o que era pra ser afirmado ali no carro a resposta dos meus irmãos era “ããããn”.

Depois da estrada de San Fierro, permaneci acordado. Ali contemplei paisagens lindas e únicas. Tentei tirar algumas fotos mas elas não chegavam nem em 25% do que meus olhos conseguiram ver.

Na rodovia seguindo rumo a Maringá, tem a cidade de Marialva. Marialva é conhecida como a “Capital da Uva Fina” e, em homenagem a isso, fizeram uma uva gigante na entrada da cidade. Diz minha irmã que estava lendo um outdoor sobre a cachaça Jamel que fala sobre tomar com limão, quando ela perguntou se Marialva não era a cidade que tinha um limão na entrada. Pois é... Essa viagem foi feita para dar risada apesar de alguns fatos trágicos.

Na estrada existem diversas paradas, postos de gasolina, restaurantes, churrascaria, motéis, hotéis e o melhor de ver tudo isso são os nomes. Um motel que o nome me chamou muito a atenção e ser bem sugestivo com dois assuntos foi o “Route 69”, e uma churrascaria que chamou atenção não pelo nome mas sim pelo logo (diga-se de passagem EXECRÁVEL) foi a “Churrascaria Hércules”. Eles pegaram a imagem do Hércules (do desenho da Disney) mostrando o polegar como sinal positivo, e colocaram um chapéu de cowboy nele. Evito comentários.

Um fato que não esperávamos era que o blackout, que protegia a bicicleta que estava em cima do carro, fosse rasgar. O incrível foi apenas algumas tiras e, uma delas foi bem do lado do meu irmão, que era o motorista. Pra não ficar naquela bateção toda, ele pegou essa tira e colocou pra dentro até a próxima parada. Minha irmã que, perde o amigo mas não perde a piada, fez apenas um comentário: tá com muito sol aí?

Nesse ponto, já tínhamos feito mais da metade do caminho e já estávamos estressados com a demora e muito cansados. Um dos últimos pedágios que passamos, o cobrador não pegou com firmeza a nota. O dinheiro voou. Dale meu irmão sair correndo pra pegar o dinheiro, porque estava ventando. Ele ficou entalado entre a parede da cabine de pedágio e a lataria do carro. Isso conseguiu nos fazer tirar um pouco a tensão da viagem.

Já quase perto do destino final, vimos uma cidade chamada Mamborê. O que nos mais chamou a atenção foi o fato do slogan bem embaixo do nome da cidade “Mamborê, uma cidade em ótimo estado”. Isso nos soou como uma placa de “aluga-se” ou “vende-se”. Acho que esse marketing não deu muito certo não. Uma pena que não consegui tirar uma foto e achar uma imagem com esse escrito. Talvez apenas nós tenhamos tido essa impressão.

Como já estávamos bem cansados, decidimos colocar o cd de ida que mais combinou com a gente. Esse cd tiveram duas músicas que marcaram muito nós, e é algo que desejamos e queremos viver agora em 2012. São justamente a música “Epitáfio” do Titãs e “Dias Melhores” do Jota Quest. Esta última com direito a tocar 4 vezes.

Já no último pedágio, fomos bonzinhos com o cobrador e demos alguns dos nossos Bis pra ele como desejo de Feliz Ano novo.

Mais ou menos as 17 horas chegamos em Cascavel, deu pra descansar pouca coisa e já saímos pra um churrasco de virada na casa de um amigo.

Isto sim é uma viagem turbulenta, divertida, longa mas que foi curtida com muito amor e carinho entre nós três!