já informo que é um texto grande
leia com carinho e paciência
algumas
músicas e cenas citadas estarão no final da postagem
Depois
de muito tempo bolando e pensando no que escrever sobre como foi
minha viagem de ida e volta junto com meus irmãos, finalmente aqui
está um resumo (talvez não tão resumido assim) de como foi nossa
ida para Itajubá-MG e retorno para Cascavel-PR.
Antes
da viagem propriamente dita começar, a história começa na tarde do
dia 23 de Dezembro, quando fui na Lojas Americanas comprar cd virgem
para gravar a trilha sonora da viagem, que não seria nada curta. Eu
todo feliz com 20 cds na mão até que a caixa que me atendeu, depois
de ter contado os cds olhou para mim e disse:
-
Senhor, não gostaria de aproveitar a promoção e levar o cd da
Paula Fernandes por apenas 20 reais?
-
Moça, eu não gosto de Paula Fernandes! *com um sorriso bem
disfarçado*
Ela
esbugalha o olho, perde a cor e me encara como se fosse o fim do
mundo.
-
Isso mesmo moça, eu não gosto de Paula Fernandes. Se fosse um cd do
Iron Maiden, Metallica, ~~ a partir daqui avacalhei porque não gosto
dessas bandas ~~ Sepultura, Korn, Disturbed eu até pensaria em
levar.
-
Só falta me dizer que você gosta de Marilyn Manson!!!
-
Não não... Acho ele muito bizarro...
Minha
mente para começar a viagem já tinha dado um grande ânimo depois
deste ocorrido.
Em
casa, depois de ter arrumado a mala e organizado na sala pra quando
fosse a hora de sair, apenas pegar tudo e descer, comecei a gravar a
trilha sonora da viagem. Separei um monte de música. O tempo que
tive, deu para gravar 6 cds mas não gravei de qualquer forma.
Coloquei TODAS no Windows Media Player e mandei ele embaralhar de
forma aleatória as música, logo, eu não saberia qual música
estava em qual cd. Enquanto ia gravando os cds, fui conversando com
minhas tias na internet. Foi uma conversa muito boa que vou guardar
em minha mente porque elas me tranquilizaram bastante com relação
ao vestibular, porque nesse dia chorei por causa do resultado.
Faltando meia hora antes do combinado pra levantar e tomar o rumo da
estrada, desliguei o computador depois de ter gravado o 6º cd e fui
deitar. Eu tinha colocado o despertador, mas de nada adiantou.
Acordei com meu irmão me chamando insistentemente. Eu parecia um
zumbi!
Quando
estávamos nós 3 no carro, começou nossa trilha sonora. Uma música
melhor que a outra (claro que não vou lembrar qual estava em qual).
Durante um certo tempo de viagem, logo quando o sol começou a
iluminar tudo, meu irmão, que tinha pegado um óculos emprestado pra
poder viajar, antes de colocar ele disse:
-
Mari, por favor pega pra mim o óculos? Ahh, este óculos é
incrível. Ele é anti-tudo. antirreflexo, anti-tiro. Reza a lenda
que é até anticoncepcional.
Pronto...
Depois que ele colocou o óculos, um pombo bateu com tudo no
para-brisa do carro. Foi motivo de risada: só não é anti-pombo!!!
Detalhe
para mim que mesmo em estado zumbi por ter dormido somente meia-hora,
não tinha dormido até aquele ponto. Isso estávamos acho que na
metade do segundo disco.
Cada
cd tinha música que identificava somente comigo, somente com meu
irmão, somente com minha irmã ou com nós três. Quando chegamos no
4º, foi este que mais se identificou com os 3.
Veio
uma sequência incrível de músicas: Bycicle Race (Queen), Stop The
Rock (Apollo 440), I Got You (James Brown), Tornado of Souls
(Megadeth), I Don’t Wanna Miss A Thing (Aerosmith), They Don’t
Care About Us (Michael Jackson), Thriller (Michael Jackson) e Fly
Away (Lenny Kravitz).
Na
altura do Queen, meu irmão tinha me perguntado se eu não
tinha colocado nenhuma deles. Logo após o comentário, qual música
começa a tocar? Primeiro motivo de susto e risos. Quando começou a
tocar Stop The Rock, meus dois
irmãos começaram a gritar: Noooooossaaaaaaa, eu
não esperava essa música
NUUUNCA! - Diversão na certa (essa música foi
considerada a trilha da nossa viagem, junto com outras duas).
Quando
estava tocando James Brown, passamos por um
pedágio e, a cada pedágio que passávamos, fazíamos questão de
deixar o som alto. As meninas que estavam tentando vender o “Passe
Livre” olhavam pra dentro do carro com uma cara de susto. O
cobrador, quando foi receber o dinheiro, deu um grito junto com a
música. Pra que? Foram 4 pessoas rindo! Coitado... A cada carro que
passava, 98% deveria estar tocando sertanejo ou não estar tocando
nenhuma música.
O
nosso caminho seguia normal, observávamos as paisagens, os nomes das
cidades. Nada de muito diferente até que, um motoqueiro nos chamou
muito a atenção. Ele era “grande”. Chegamos a chamar ele de
bonecão de posto. Aqui no Paraná,
após as cabines de pedágio, tem um tipo de casinha onde dá pra
esticar a perna, usar o banheiro, tomar uma água, olhar o mapa ou
apenas esticar as pernas. Esse bonecão tinha parado, assim
como nós, só que, o mais engraçado, o cara REALMENTE era um
bonecão de posto. Não era culpa do vento que deixava ele grande.
Aliás, um dos principais motivos de pararmos bastante era por minha
causa, devido a meu problema na coluna. Dizia meu irmão que ele tem
um super-herói, assim como o Quarteto Fantástico tem o Tocha
Humana, ele tem o Escoliose Humana. Outro motivo pra diversão
durante o resto da viagem.
Na
entrada da cidade de Londrina, existem algumas fábricas de café e
(óbvio que) o cheiro de café fresco fica no ar. Meu irmão todo
feliz de que iria sentir o cheirinho de café, quando viu uma silo
grande disse:
-
Nossa, que cheirinho de café!!
Quando
chegamos mais perto, era uma fábrica de rações. Nada de cafeeiros
por perto.
Eu
digo que a viagem foi divertida até este ponto mais ou menos, porque
pouco depois o sono e cansaço vieram juntos. Resultado: dormi
praticamente metade do trajeto percorrido no estado de São Paulo.
Quando acordei, estava querendo escurecer, o tráfego tinha aumentado
e a impaciência também.
*************************
Em
Itajubá, foi muito bom reencontra os familiares, pai e mãe, avôs e
avós, tios e tias. Passar a véspera de Natal e o Natal com eles.
Um
dos motivos TAMBÉM pelo qual fomos pra lá foi buscar as minhas
roupas e de minha irmã também. Por causa disso, ficamos alguns dias
a mais.
Teve
um dia que chegamos nós três muito tarde em casa e não estávamos
nem um pouco afim de fazermos algo pra comer. Enquanto minha irmã
estava no telefone com uma amiga, eu e meu irmão fomos procurar
algum lugar que talvez estivesse aberto a essa hora.
Passamos
no sambódromo e tinham algumas barracas sendo montadas. Paramos
perto de um senhorzinho e perguntamos se ele sabia de algum lugar que
estivesse aberto, porque até então não tínhamos tido vestígio
algum. O bom senhor disse que não fazia ideia mas que, dali
meia-hora o homem do pastel estava chegando. Fiquei impressionado com
o empenho deles de estarem ali, 3 horas da manhã começando a montar
suas barraquinhas.
Eu
e meu irmão continuamos nossa jornada em busca do lanche ou qualquer
coisa que desse pra satisfazer nossa fome. Perdidos em meio a
madrugada, encontramos um motoqueiro empurrando sua moto. No
desespero, perguntamos a ele. Ele nos indicou um lugar onde a
distância era tipo LÁÁÁÁÁÁÁ. Agradecemos e fomos a procura do
tal lugar. No meio do caminho, em frente a um ponto de mototáxi,
haviam dois seres. Um identificamos como traveco mas o outro...
ficamos em dúvida. Muito bem produzida e linda para ser um homem...
Mas enfim, achamos o tal lanche e mais meia hora depois conseguimos
pegar nossa comida e levar para nossa irmã.
Em
Itajubá não aconteceu muita coisa que merecesse TANTO destaque
assim. Prossigo então com nossa viagem de volta.
*************************
Na
tarde do dia 29, peguei os cds que haviam sobrado da primeira
gravação e gravei outra sequencia músicas, só que dessa vez só
evangélicas!
Logo
no começo da viagem, já desmontei e dormi. Acordei quando já
estávamos no estado de São Paulo (se bem que de Itajubá pra entrar
em SP não é muito longe). Quando acordei, falei pra minha irmã que
ela poderia dormir um pouco que eu ficaria acordado com meu irmão.
Rapaz, foi tenso hein! O cansaço estava me dominando de tal forma...
Depois de algumas horas, acordei ela falando que estava morrendo de
cansaço. Ela deu risada mas disse que já tinha dado pra recuperar
as forças e seguir em frente.
Cochilei
pouca coisa e logo depois acordei. Minha irmã tinha dito que erramos
o caminho. Procurando um retorno, o carro deu um barulho muito
estranho e meu irmão no mesmo instante procurou colocar o carro no
acostamento, porque disse que tinha perdido completamente a
estabilidade e não conseguia manter o volante reto. Ficamos
preocupados, porque antes de sair de Minas, fizemos uma segunda
revisão no carro pra viajar seguros.
Duzentos
metros à frente tinha um posto de Polícia Rodoviária. Meu irmão
foi lá procurar eles pra buscar um guincho, já que não conseguimos
identificar qual era o problema.
Enquanto
meu irmão foi lá buscar ajuda, eu peguei meu violão e, junto com
minha irmã, fomos debaixo de uma arvorezinha perto do carro e
começamos a cantar. Das músicas que toquei, só me lembro de ter
tocado “É Preciso Saber Viver”, na versão do Titãs.
Depois
de um tempo, meu irmão aparece correndo e, quando nos viu, fez como
jogador de futebol: colocou a camiseta na cabeça, ergueu os braços
e veio “comemorando”. Risada na certa!
Enquanto
esperávamos o guincho, ficamos lá tocando violão, acenando pros
carros que buzinavam pra nós. Pra que chorar sendo que você pode
rir da vida, mesmo tudo parecendo que está dando errado?
Uns
10~20 minutos depois apareceu o guincho. Entramos em nosso carro e
fomos sendo guiados. Tenho que confessar: sensação estranha e
engraçada ao mesmo tempo. Seu carro está andando mas o motor está
desligado, sem contar o balanço que ele faz! Neste tempo, fomos
avisando amigos e parentes sobre o acontecido do carro, já que
estávamos próximos de uma cidade e tinha torre de celular, e dando
muitas risadas com o fato de estarmos em um guincho.
Falando
em celular, quando fomos tocar violão embaixo da arvorezinha, minha
irmã pegou os dois celulares dela, o de Minas e o do Paraná. O de
Minas tocou e ela foi atender. Enquanto falava no telefone o guincho
chegou e nos pegou. Resultado: o celular com o chip do Paraná ficou
na rodovia!
O
guincho nos deixou perto de um posto de gasolina na cidade de
Piracicaba. Ele fez a parte dele, já que era um serviço do DER e
nos indicou algumas oficinas. Depois de ter ido embora, meu irmão
primeiramente foi procurar a tal oficina que o guincheiro tinha
indicado, já que a certeza de não estar aberta era muito grande por
ser dia 30 de Dezembro. Logo, meu irmão voltou dizendo que não
tinha achado.
Nós
3 resolvemos sair juntos à procura de uma oficina, mesmo sabendo da
incerteza de encontrar uma. Nisto, enquanto pegávamos alguns
utensílios que seriam “importantes” caso fôssemos ficar
hospedados em um hotel, um carro que vendia a famosa “Pamonha de
Piracicaba” passava por perto. Abordamos a vendedora pedindo ajuda,
se ela sabia de alguma oficina ou coisa assim. Ela tentou nos ajudar
e até ofereceu carona até o shopping. De nada adiantaria naquele
momento ir para o shopping sem a última gota de certeza do mecânico.
Continuamos
a procurar... E procurar... Até que descendo algumas quadras,
encontramos uma oficina aberta. Chegamos lá e perguntamos se eles
estavam atendendo, mas logo responderam que não, era só pra limpeza
mas, o homem que nos atendeu foi muito gentil e foi ligando para
outras oficinas que talvez pudessem estar abertas. Ele achou uma e
nos indicou o lugar. Agradecemos e seguimos nosso caminho.
Apesar
de ser uma história um tanto quanto tensa, demos bastante risada:
chorar pra que? Também rimos bastante do sotaque regional. Um
sotaque bem puxado MESMO, algo bem tipo o filme A Família Buscapé.
Parece que existe somente em brincadeiras, tipo esse filme, mas de
fato não é.
Assim
que encontramos primeiramente a oficina, conversamos com o Alemão,
que é o mecânico. Ele não estava muito afim de atender mas o
pastor que estava do lado dele (isso foi antes de sabermos que ele
era pastor) falou pra trazer com uma grande empolgação. Se não
fosse por isso, acho que o Alemão não teria nos atendido.
Com
muito medo do barulho que o carro estava fazendo, fomos abaixo de 20
km/h até chegarmos na oficina. Lá colocamos o carro dentro da
garagem e o ajudante do Alemão foi analisando o carro. Quando ele
ergueu as rodas traseiras, meu irmão colocou o pé apenas por
colocar na roda traseira esquerda... Ela estava COMPLETAMENTE SOLTA,
apenas presa por nãoseioquê!
Na
hora fiquei muito assustado mas logo depois agradeci a Deus, porque
se tivéssemos “acertado” o caminho, quem sabe onde cargas d'água
eu e meus irmãos estaríamos agora?
Na
oficina, conversamos com todos ali. O Alemão era uma figura e tanta.
Velhinho já mas firme na sua posição e saúde (apesar de sempre
estar com um cigarro na boca). Ali chegou a esposa dele, conversamos
também com ela. Sem contar os comentários do ajudante do Alemão.
“Mulher pra mim é igual carro: quando vence o IPVA já está na
hora de trocar” e outros muito nada a ver.
Ali
também estava o pastor Olegário. Esse sim vai ser difícil
esquecer. Ele não trabalha com o Alemão mas é um grande amigo do
mesmo. Ele ali ficou firme até a hora do carro consertar (e isso foi
mais de 3 horas!). Conversou, brincou, deu o telefone, falou pra
cantarmos na igreja dele quando passássemos por Piracicaba. Ele ali
foi um anjo em nossas vidas, assim como o Alemão, a esposa dele e o
ajudante.
Depois
de pronto o carro, antes de sairmos o pastor orou com a gente. É um
milagre estarmos vivos e eu aqui escrevendo pra vocês esta história.
Logo após a oração, despedimos de todos ali (a esposa do Alemão
chorou!) e o pastor nos guiou até a saída da cidade.
Seguimos
então com nossa aventura... Agora sim começava a ficar divertida a
história!
Por
diversas vezes paramos pra poder ver o mapa e o caminho que estávamos
seguindo, se DE FATO era o certo ou não. Erramos toda vez que
achávamos que não precisava do mapa. Nessas paradas e em alguns
caminhos sem parar mesmo, encontramos diversos tatus mortos. O
primeiro deles foi quando o mapa voou pela janela. Minha irmã deu um
grito quando isso aconteceu. Eu vi a cena toda por estar sentado no
banco atrás dela. Voltamos correndo para pegar o mapa. Assim que ele
estava em nossas mãos, meu irmão olha para o para-brisa e diz:
“Nossa, um réptil! Que lindo!”. Quando nos aproximamos de lado,
vimos que era um tatu morto e não um réptil em seu banho de sol.
Mas
a viagem não foi feita somente por tatus mortos e mapas voadores.
Também foi feita também de erros ao ler ou identificar, como citei
lá em cima sobre “o cheiro de café”, mas nessa altura meu irmão
viu uma pequena placa e comentou:
- Ué? Mas não era pra estarmos na rodovia 277 não.
- Ué? Mas não era pra estarmos na rodovia 277 não.
Depois
de olharmos bem, era o km 277 e não a rodovia. Por fim, fomos
chegando perto da cidade Ourinhos e nesta altura resolvemos que não
continuaríamos a viagem mas sim que iríamos parar em um hotel pra
descansar o nosso físico e mental que estavam muito abatidos.
Pouco antes da cidade de Ourinhos tem dois postos de parada do Graal. Paramos no que vem por primeiro. Lá pedimos algo para não passarmos fome. Enquanto meus irmãos pegaram salgado, como eu não estava me sentindo muito bem, fui pegar algo mais leve. Fui pedir apenas um pão na chapa. Enquanto esperava, meu irmão veio ver se eu estava pouco melhor. Nisso, ele perguntou pra atendente sobre um hotel em Ourinhos. Ela como era de Santa Cruz do Rio Pardo não sabia em Ourinhos mas sim na cidade dela. Ela disse que também teria um “bailão” lá e convidou a mim e meu irmão para irmos no mesmo. Senti uma leve cantada dela hehe
Saindo
do Graal, procuramos a tal cidade e o hotel. Achamos ele e NOSSA! Que
hotel bonito e confortável. Lá dentro, já no quarto em que pegamos
para passar a noite, combinamos a ordem de tomar banho. Meu irmão
foi o primeiro. Assim que ele tirou a camiseta, mais um motivo para
dar muitas risadas. Ele virou o sorvete napolitano
da viagem. Cara vermelha, braço preto e peito branco... Sem contar
que também virou nosso Johnny Cage, porque o óculos que usava era
semelhante do mesmo e, do tempo que ficou com o sol na cara, deixou a
parte que o óculos protegia branco!
Assim que acordamos, tomamos um café de marajá. Tudo no melhor e caprichado. Isso sim que é um pontapé inicial para uma viagem LONGA. Na mesa mais parecíamos amigos fazendo uma viagem junto do que três irmãos viajando juntos.
A estrada estava nos esperando, assim como outros fatos.
No caminho pegamos chuva e, acredite se quiser, dentro do carro teve goteira!!! E pra ajudar ainda, a neblina estava muito forte. Ahh, não posso deixar de destacar que as músicas estavam sempre nos animando a continuar na estrada no melhor estilo rock n' roll/metal.
Depois de Ourinhos já é a divisa do estado de São Paulo com Paraná, e a primeira cidade é Londrina. Logo depois de Londrina tem a cidade de Santa Mariana. Em Santa Mariana fizemos uma parada pra ir no banheiro e esticar as pernas. Depois de eu ter ido no banheiro, sentei numa poltrona que tinha no restaurante e fiquei esperando meus irmãos. Sim, eu cochilei bonito a ponto de sonhar naquela poltrona. Acordei com os dois rindo de mim!
De
Santa Mariana tínhamos que pegar um caminho que iria parar em
Maringá. Pra variar só um pouquinho, erramos o caminho. Nos
sentimos no meio DO NADA. Começamos a ficar com medo porque nenhum
sinal de vida nos aparecia (bom, pelo menos daqui pra frente não
encontramos mais tatus mortos). Ainda na expectativa de um ser
vivente, encontramos um senhorzinho que andava literalmente jogando
as mãos pro lado e empinando a cintura ao andar. Figura hilária!
Paramos e perguntamos a ele qual o caminho pra cair na rodovia e
seguir pra Maringá. Ele explicou o caminho. Agradecemos. Depois de
agradecido, ele começou a falar TODAS AS CIDADES que iríamos passar
na rodovia. Enfim conseguimos que ele parasse de falar e acertamos a
rodovia.
Nesse
tempo, dei uma cochilada. Dizem meus irmãos que nesse tempo eles
passaram por um trecho zumbi.
Casas e locais públicos destruídos, até mesmo um posto policial
com um ventilador ligado e a luz acesa mas NINGUÉM dentro.
Pouco depois disso, meu irmão me acordou:
- Ããããn...
Depois da estrada de San Fierro, permaneci acordado. Ali contemplei paisagens lindas e únicas. Tentei tirar algumas fotos mas elas não chegavam nem em 25% do que meus olhos conseguiram ver.
Na rodovia seguindo rumo a Maringá, tem a cidade de Marialva. Marialva é conhecida como a “Capital da Uva Fina” e, em homenagem a isso, fizeram uma uva gigante na entrada da cidade. Diz minha irmã que estava lendo um outdoor sobre a cachaça Jamel que fala sobre tomar com limão, quando ela perguntou se Marialva não era a cidade que tinha um limão na entrada. Pois é... Essa viagem foi feita para dar risada apesar de alguns fatos trágicos.
Na estrada existem diversas paradas, postos de gasolina, restaurantes, churrascaria, motéis, hotéis e o melhor de ver tudo isso são os nomes. Um motel que o nome me chamou muito a atenção e ser bem sugestivo com dois assuntos foi o “Route 69”, e uma churrascaria que chamou atenção não pelo nome mas sim pelo logo (diga-se de passagem EXECRÁVEL) foi a “Churrascaria Hércules”. Eles pegaram a imagem do Hércules (do desenho da Disney) mostrando o polegar como sinal positivo, e colocaram um chapéu de cowboy nele. Evito comentários.
Nesse ponto, já tínhamos feito mais da metade do caminho e já estávamos estressados com a demora e muito cansados. Um dos últimos pedágios que passamos, o cobrador não pegou com firmeza a nota. O dinheiro voou. Dale meu irmão sair correndo pra pegar o dinheiro, porque estava ventando. Ele ficou entalado entre a parede da cabine de pedágio e a lataria do carro. Isso conseguiu nos fazer tirar um pouco a tensão da viagem.
Isto sim é uma viagem turbulenta, divertida, longa mas que foi curtida com muito amor e carinho entre nós três!
Tive
consciência do que fiz mas foi a única palavra que consegui
esboçar. Pra que? Tudo o que era pra ser afirmado ali no carro a
resposta dos meus irmãos era “ããããn”.
Depois da estrada de San Fierro, permaneci acordado. Ali contemplei paisagens lindas e únicas. Tentei tirar algumas fotos mas elas não chegavam nem em 25% do que meus olhos conseguiram ver.
Na rodovia seguindo rumo a Maringá, tem a cidade de Marialva. Marialva é conhecida como a “Capital da Uva Fina” e, em homenagem a isso, fizeram uma uva gigante na entrada da cidade. Diz minha irmã que estava lendo um outdoor sobre a cachaça Jamel que fala sobre tomar com limão, quando ela perguntou se Marialva não era a cidade que tinha um limão na entrada. Pois é... Essa viagem foi feita para dar risada apesar de alguns fatos trágicos.
Na estrada existem diversas paradas, postos de gasolina, restaurantes, churrascaria, motéis, hotéis e o melhor de ver tudo isso são os nomes. Um motel que o nome me chamou muito a atenção e ser bem sugestivo com dois assuntos foi o “Route 69”, e uma churrascaria que chamou atenção não pelo nome mas sim pelo logo (diga-se de passagem EXECRÁVEL) foi a “Churrascaria Hércules”. Eles pegaram a imagem do Hércules (do desenho da Disney) mostrando o polegar como sinal positivo, e colocaram um chapéu de cowboy nele. Evito comentários.
Um
fato que não esperávamos era que o blackout, que protegia a
bicicleta que estava em cima do carro, fosse rasgar. O incrível foi
apenas algumas tiras e, uma delas foi bem do lado do meu irmão, que
era o motorista. Pra não ficar naquela bateção toda, ele pegou
essa tira e colocou pra dentro até a próxima parada. Minha irmã
que, perde o amigo mas não perde a piada, fez apenas um comentário:
tá com muito sol aí?
Nesse ponto, já tínhamos feito mais da metade do caminho e já estávamos estressados com a demora e muito cansados. Um dos últimos pedágios que passamos, o cobrador não pegou com firmeza a nota. O dinheiro voou. Dale meu irmão sair correndo pra pegar o dinheiro, porque estava ventando. Ele ficou entalado entre a parede da cabine de pedágio e a lataria do carro. Isso conseguiu nos fazer tirar um pouco a tensão da viagem.
Já
quase perto do destino final, vimos uma cidade chamada Mamborê. O
que nos mais chamou a atenção foi o fato do slogan bem embaixo do
nome da cidade “Mamborê, uma cidade em ótimo estado”. Isso nos
soou como uma placa de “aluga-se” ou “vende-se”. Acho que
esse marketing não deu muito certo não. Uma pena que não consegui
tirar uma foto e achar uma imagem com esse escrito. Talvez apenas nós
tenhamos tido essa impressão.
Como
já estávamos bem cansados, decidimos colocar o cd de ida que mais
combinou com a gente. Esse cd tiveram duas músicas que marcaram
muito nós, e é algo que desejamos e queremos viver agora em 2012.
São justamente a música “Epitáfio” do Titãs e “Dias
Melhores” do Jota Quest. Esta última com direito a tocar 4 vezes.
Já
no último pedágio, fomos bonzinhos com o cobrador e demos alguns
dos nossos Bis pra ele como desejo de Feliz Ano novo.
Mais
ou menos as 17 horas chegamos em Cascavel, deu pra descansar pouca
coisa e já saímos pra um churrasco de virada na casa de um amigo.
Isto sim é uma viagem turbulenta, divertida, longa mas que foi curtida com muito amor e carinho entre nós três!