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Me perdoe, senhor, sua epiderme está aparecendo. Não pude me conter em notar seu tom de melanina.
No fim dos anos 80 um trio se ajuntou no estado da Virgina, EUA, e eles fizeram diferença em seu período enquanto banda. Este grupo era composto por Toby Mckeehan (mais como Toby Mac), Michael Tait e Kevin Max. Juntos lançaram cinco álbuns de estúdio e fizeram alguns shows ao redor do mundo, em que alguns deles foram lançados em vídeo depois.
Mas, o que esse grupo fez de diferente? Primeiramente, ele era composto por duas pessoas brancas e uma negra (há uma música deles sobre isso!); em segundo lugar, misturaram o hip-hop, rap e rock; e, por último, isso tudo foi no meio cristão. Na recomendação que fiz no blog, do disco Free At Last de 1992, tem um pouco mais da história deles e alguns dos prêmios que ganharam. Uma pena o último disco de estúdio deles ser de 1998, embora volta e meia sempre se reúnam para shows comemorativos, mas sem nenhuma música inédita como banda DC Talk.
Desde que começaram, suas letras sempre foram voltadas para a ótica cristã, mas sem deixar de ver o mundo com suas falhas e necessidades. Em 1995 foi lançado o disco Jesus Freak, provavelmente o disco de maior sucesso da banda, e nele as letras abordam de temas espirituais (como aceitação de Jesus, hipocrisia, ateísmo) e sociais (a busca do perdão de um amigo, racismo, encarar a tolerância e aceitação), temas que hoje, em pleno 2020, ainda estão em vigor. Destes, quero destacar a música Colored People.
Me perdoe, senhor, sua epiderme está aparecendo. Não pude me conter em notar seu tom de melanina.
Assim começa a música, direto ao ponto sobre o que ela quer tratar. Soa um tanto racista, não? Ainda mais no dentro o contexto e da história dos norte-americana, vemos um passado e um presente de conflitos, nomes que lutaram e continuam lutando por essa causa, como Martin Luther King Jr, Rosa Parks, Malcom X, e muitos outros. Recentemente tivemos o triste caso de George Floyd, um homem negro que teve sua vida abreviada pelas mãos de um policial branco, a fagulha que faltava para uma grande onda de protestos nos EUA. Mas a música toma um rumo diferente.
Eu tiro o meu chapéu para este arranjo colorido, porque eu vejo a beleza nos tons das nossas peles.
Esse trecho mostra que, apesar de pessoas más que nos circulam, existem aquelas que sabem admirar as diferenças, que entendem que as distinções nos fazem mais fortes e nos tornam pessoas melhores. Não é a cor de uma pessoa que a define como melhor ou pior. Isso vem do caráter dela.
Deus fez todas as coisas de forma perfeita, principalmente o ser humano. Ele fez todas as raças e todos os tipos, e o fez conforme Sua própria imagem e semelhança. Para Ele não há distinção de cores.
“Assim, Deus criou os seres humanos à sua própria imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou.”
Gênesis 1:27
E sabendo disso, não devemos gerar conflitos por causa desse tipo de situação. Devemos nos unir para proporcionarmos melhores condições para todos. Somos seres humanos e vivemos em um mesmo espaço. Vamos ensinar nossas crianças que suas origens não as tornam superiores. Todos temos uma história e todos temos uma luta para vencer. Estamos no mesmo time buscando a forma mais humanitária e igualitária para todos. Mesmo não sendo uma luta fácil e justa de se vencer, juntos somos mais fortes, como reforça este lindo refrão da música.
Somos um povo colorido, e vivemos em um lugar corrompido.
Somos um povo colorido, e eles nos chamam de raça humana.
Temos uma história tão
cheia de erros.
E nós somos um povo colorido que depende da Santa Graça.
A escolha dessa canção foi uma sugestão do meu irmão, Matheus. Você pode conferir a música e ler a letra na íntegra nos links abaixo, assim como o vídeo no YouTube deste texto.
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Vídeo no YouTube: https://youtu.be/GLDuaMZ-yds
Letra original: https://genius.com/Dc-talk-colored-people-lyrics
Letra traduzida: https://www.letras.mus.br/talk-dc/316624/traducao.html
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