29 de maio de 2020

(SMS) Slipknot - The Devil In I

🇧🇷 O Demônio Em Mim

 

[Verso 1]

Solte essas correntes, meu amigo, eu mostrarei a raiva que tenho escondido

Perece o sacramento, engolido, mas nada está perdoado

Você e eu não podemos decidir qual de nós passou despercebido

Faça as pazes, alguns de nós estão destinados a sobreviver

 

[Refrão 1]

Dê um passo à frente, veja o demônio em mim

Por muitas vezes deixamos chegar a esse ponto

Dê um passo à frente, veja o demônio em mim

Você irá perceber que eu não sou mais o seu demônio

 

[Verso 2]

Sob as palavras dos homens, algumas coisas são tentadoras ao pai

Onde está a sua vontade, meu amigo? Os insaciados nunca sequer se preocupam

Você e eu, errado ou certo, negociando uma mentira pelo poder

Entre a lente na luz, você não é o que parece

 

[Refrão 2]

Dê um passo à frente, veja o demônio em mim

Por muitas vezes deixamos chegar a esse ponto

Dê um passo à frente, veja o demônio em mim

Você verá que eu não sou o seu demônio

Eu não sou mais o seu demônio

 

[Ponte]

Sua posição, está abandonada

Eu te enganei porque eu sei o que você fez

Sensação, depravação

Você deveria ter queimado quando se virou contra todos nós

 

[Refrão 3]

Então dê um passo à frente, veja o demônio em mim

Por muitas vezes, deixamos chegar a esse ponto

Dê um passo à frente, veja o demônio em mim

Eu sei que você encontrará as respostas no fim

Dê um passo à frente, veja o demônio em mim

Você verá que eu não sou mais o seu demônio

 

[Outro]

Então dê um passo à frente,

Dê um passo à frente

Veja o diabo em mim

Veja o diabo em mim



Photo by Stefano Pollio on Unsplash


Will, um grande amigo e conhecido meu, pediu se eu poderia dar meu ponto de vista nessa música. Prontamente aceitei. Essa talvez seja uma das músicas mais difíceis que me pediram para colocar minha perspectiva.

 

Alguns pontos antes de ir mais fundo no que a letra diz, temos que entender o que a história da banda traz para este contexto. Entendendo, primeiro, que desde o começo do grupo as letras refletem muito os sentimentos de raiva, dor e angústia por traumas do passado e alguns do que estavam vivendo na época.

 

Aponto também o retorno da banda com algum material inédito entre seu último álbum (All Hope Is Gone, de 2008) e essa música (o primeiro single do disco .5: The Gray Chapter, de 2014) marcando um novo período. Neste intervalo a banda passou por algumas mudanças, como a saída do baterista Joey Jordison, o que alguns consideram uma traição, e a morte de um dos fundadores e, até então, baixista da banda, Paul Gray, em 2010.

 

Vivemos alimentando sentimentos negativos e ruins do passado. Seja de alguma perda ou luto, algum "demônio" que enfrentamos, asco por uma pessoa que passou por sua vida. Sempre que visitamos eles, estamos regredindo com nossa vida. Aí você me pergunta: por que regredindo? Eu respondo com duas frases que ouvi ou li em algum lugar:

 

"Excesso de passado é depressão. Excesso de presente é stress. Excesso de futuro é ansiedade."

"Quem vive de passado é museu."

 

Apesar de discordar do "excesso" da primeira, vejo verdades. Se estamos focados demais em algum ponto do qual não temos controle, nossa vida perde total rumo e podemos acabar desenvolvendo doenças mentais, como as já citadas na frase, e até mesmo físicas. Temos que usar o passado como ferramenta para sermos melhores pessoas. Não para o futuro: para o agora! O futuro não temos controle se até mesmo estaremos vivos.

 

A Bíblia traz um trecho interessante ao que se refere sobre o passado, e ele está no livro de Isaías 43:18: "Esqueçam o que se foi; não vivam no passado". E isso vai de encontro ao que Shawn Crahan, um dos percussionista da banda, apontou ser uma das inspirações para a música: se fundir com seu passado e acabar com essa história toda.

 

Acabar com a raiva. Acabar com o luto. Acabar com os medos! Falando em medos, este é um dos pontos que o vídeo reforça. Apesar de visualmente desagradável, vemos Chris Fehn, o outro percussionista, sendo devorado por corvos, por justamente ter medo deles, e Sid Wilson, o DJ, comendo seu braço e dedos, sendo estes fundamentais para seu "instrumento". A fusão com o medo para serem melhores músicos.

 

Não viva do passado. Não alimente seus medos. Use-os a seu favor para ser uma melhor pessoa. Saiba perdoar e aceitar perdão.


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Fontes:

https://genius.com/Slipknot-the-devil-in-i-lyrics

https://slipknot.fandom.com/wiki/The_Devil_in_I

https://www.songfacts.com/facts/slipknot/the-devil-in-i


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27 de maio de 2020

(Recomendações de Álbuns) Relient K - Is For Karaoke [2011]



Relient K é uma banda cristã de pop-punk/alt-rock que me foi apresentada por volta de 2002, e sempre gostei do som "feliz" e bem-humorado que eles faziam. Letras divertidas e até mesmo reflexivas. Sempre que pude, acompanhei a trajetória deles.

 

Em 2011 eles lançaram um EP (Extended Play, que é maior que um single e menor que um disco completo) chamado "Is For Karaoke EP" com 7 covers, em 28 de Julho, e depois outro, dia 4 de Outubro, "Is For Karaoke Pt. 2 EP" com também 7 músicas. Simultaneamente ao último, lançaram o disco completo, que é a junção dos dois EPs.

 

Na sequência que aparece do disco, os artistas originais e o ano de lançamento de suas músicas são: Cyndi Lauper (1982), Justin Bieber (2010), The Wallflowers (1997), Chicago (1984), Cake (1996), Gnarls Barkley (2006), Third Eye Blind (1997), They Might Be Giants (1998), Stone Temple Pilots (1994), Tom Petty And The Heartbreakers (1979), Toto (1981), Weezer (1994), Nada Surf (2003) e Tears For Fears (1985).

 

Confesso que quando saiu o disco em 2011 e tive acesso à ele, eu ODIEI. Falava mal dele, mesmo tendo escutado todas as músicas. Curiosamente, a maturidade veio e ouvi ele outras vezes nestes últimos 3 anos. A minha opinião sobre ele de quando ouvi a primeira vez mudou completamente. Pra mim é um dos melhores álbuns produzidos por eles. Enxergo como um álbum muito maduro e preciso.

 

Com exceção de 3 músicas (One Headlight, The Distance e Inside Of Love), conheço todas as outras em suas versões originais. O que mais me encantou neste álbum foi a aproximação das versões originais que a banda trouxe, sem deixar de colocar um arranjo mínimo aqui ou ali, caracterizando o que eles estavam fazendo em seus lançamentos recentes.

 

As versões que mais me agradaram, na ordem que aparecem no disco, são:

  • Girls Just Want To Have Fun
  • You're The Inspiration
  • Crazy
  • Interstate Love Song
  • Here Comes My Girl
  • Africa
  • Everybody Wants To Rule The World

 

Um álbum gostoso de se ouvir em família, lembrando um pouco das versões originais, mas com um tempero diferente.

 

Obs.: eu sei que a música Girls Just Want To Have Fun na verdade é de Robert Hazard e de 1979, porém a banda se inspirou na versão da Cyndi Lauper, que foi a versão mais famosa, ou seja, um cover do cover.

 

23 de maio de 2020

K7 #012 Artistas Subestimados 1



Seguindo a sugestão do grande Eber, essa playlist será com bandas/artistas que não tem tanto reconhecimento assim. Bom, pelo menos nos círculos em que convivo, inclusive no mundo online, não vejo serem tão comentadas.

 

Uma playlist que de tempos em tempos retornará.

 

São elas e seus países de origem:

 

 

Al Joseph (Estados Unidos)

Closure in Moscow (Austrália)

Dead Artist Syndrome (Estados Unidos)

Dorje (Inglaterra)

FM-84 (Estados Unidos)

Hands (Estados Unidos)

Heartwind (Suécia)

King Głyk (Polônia)

LP Septet (França)

Marbin (Israel)

Nito (Japão)

Sex on Toast (Austrália)


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15 de maio de 2020

(SMS) Supertramp - The Logical Song

🇧🇷 A Canção Lógica

[Verse 1]
Quando eu era jovem parecia que a vida era maravilhosa
Um milagre, ah era tão bonita, mágica
E todos os pássaros nas árvores cantavam tão felizes
Ah, alegres, brincalhões, eles me observavam
Mas depois eles me mandaram para longe para me ensinarem a ser sensato
Lógico, ah responsável, prático
E me mostraram um mundo onde eu poderia ser muito confiável
Ah, clínico, ah, intelectual, cínico

[Chorus 1]
Há momentos quando todo o mundo dorme
Em que os questionamentos são tão grandes
Para um homem tão simples
Você não vai, por favor, por favor, me dizer o que aprendemos?
Eu sei que parece absurdo
Mas por favor diga-me quem eu sou

[Verse 2]
Agora cuidado com o que você diz ou eles vão te chamar de radical
Um liberal, ah, fanático, criminoso
Ah, por que você não assina o seu nome? Gostaríamos de ver que você é aceitável
Respeitável, ah, apresentável, um vegetal
Ah, pegue, pegue, pegue, sim!

[Instrumental Bridge]

[Chorus 2]
Durante a noite quando todo o mundo dorme
Em que os questionamentos são tão grandes
Para um homem tão simples
Por favor (você não me dirá?)
Por favor diga-me o que aprendemos?
(Consegue me ouvir?) eu sei que parece absurdo
(Consegue me dizer?) Mas por favor diga-me quem eu sou
Quem eu sou
Quem eu sou
Quem eu sou
Ah

[Outro]
Pois me sinto tão ilógico
D-d-d-d-d-d-digital
Um, dois, três, quatro, cinco
Oh oh oh oh
Inacreditável
I-i-incrivelmente maravilhoso

Photo by Pixabay from Pexels

Meu pai, durante um tempo, me ajudava a observar os textos das músicas sobre as quais escrevi, e vez ou outra peço a ele algum versículo bíblico que se encaixe com algo que estou escrevendo. A ajuda mais recente foi quando coloquei no meu "diário virtual" sobre a música The Space Between Us do Eric Clayton. Um tempo atrás ele havia pedido para que eu colocasse meu ponto de vista sobre a música de hoje: The Logical Song.

Essa música, lançada originalmente em 1979, é uma crítica sobre a vida do ser humano e seu processo de aprendizagem no mundo, sobre compreender a si mesmo. Isso foi afirmado pelo próprio compositor em uma entrevista em 2016.

Desde pequenos ouvimos que temos que ser isso ou aquilo, que temos que estudar para sermos os melhores, que não podemos ficar para trás. Dizem que temos que escolher a profissão X ou Y porque é ela quem dá dinheiro, e se o contrário é dito, podem surgir acusações como, a própria música sugere, "liberal, fanático, criminoso".

Crime é impormos algo para nossos pequenos, já que hoje somos os adultos que, de certa forma, vivenciamos isso quando mais novos. Devemos ajudá-los a encontrar o que realmente gostam e motivá-los a estudar por isso.

Fico chateado quando, em épocas de vestibular, somente os cursos de medicina são exaltados. Não nego a importância deles, jamais, mas, para um médico ser o que é, não foram apenas outros médicos que os ensinaram. Eles tiveram professores das mais diversas matérias como biólogos, químicos, linguistas, dentre outros. O problema se agrava quando a pessoa escolhe a graduação por pressão dos amigos ou familiares. Todo senso de característica própria some e a pessoa não sabe o que ela quer ou quem mesmo ela é.

É complicado mudar em nós, adultos, o que passamos pela infância. Podemos sim nos adaptar e reinventar para uma nova realidade, o que muitos já têm feito ao mudarem de emprego e se sentirem realizados com isso, mas não podemos cometer este mesmo erro com nossos pequenos que estão na tenra idade do aprendizado.

Se você é pai ou mãe, não imponha sobre seus filhos o seu sonho. Estimule-os a terem os próprios sonhos e desejos. Deixem que elas sonhem em serem astronautas, bombeiros, super-heróis. Isso pode vir a mudar no futuro ou não. Também escrevi sobre isso no meu "diário virtual".

Que você se encontre em suas realizações próprias e que ajude nossos pequenos a se encontrarem, sem colocar pressão alguma sobre eles.

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13 de maio de 2020

(Recomendações de Álbuns) Haken - Affinity [2016]





Desde a primeira vez que escutei Haken, que foi por volta de 2014, quando os integrantes do Dream Theater estavam recomendado os melhores álbuns que eles haviam escutado em e foram lançados no ano 2013, e lá estava Haken com o disco The Mountain na lista do Jordan Rudess. O link original se perdeu e achei apenas uma releitura que o site Whiplash fez. Neste meio tempo, até ficar sabendo do lançamento do disco Affinity e com as propagandas que a própria banda fazia em seu Facebook, a expectativa cresceu e, no dia do lançamento, não fiquei nem um pouco decepcionado.

A capa do disco lembra caixas de programas ou jogos eletrônicos dos anos 80 e, a magia começa quando o nome da primeira música brinca como o disco vai começar, usando a terminação ".exe", que se refere aos executáveis de um computador. Só aí o disco já me ganhou, já que desde pequeno gosto de usar e "fuçar" em computadores.

Esse uso de referências dos anos 80 e a parte da computação é um tema que é tratado no disco inteiro. Se olharmos a forma como a humanidade e a computação evoluíram de lá pra cá, é assustador! O início dos computadores, vídeo games, computação avançada, e até mesmo com os desenvolvimentos no campo da inteligência artificial, tudo isso vem crescendo e, de certa forma, nos assustando. Não é um tema novo se pensarmos em filmes como Matrix que, se você não assistiu por algum motivo, recomendo também.

Já a parte instrumental do disco é a que mais me agrada. A banda é muito técnica e certeira no que quer fazer. Em alguns momentos até parece que são coisas simples de tocar mas, quando você pega o instrumento para tentar, vê que estava enganado. A banda faz parecer fácil pois estão muito conectados entre si. A sonoridade, ao mesmo tempo que remete muitas vezes aos anos 80, traz a modernidade para o seu lado. Eles também bebem das águas de seus "padrinhos", o Dream Theater, usando de diversos tipos de compasso complexos, com a diferença de que as músicas não são tão grandes quanto as deles.

As músicas que mais gosto, seguindo a ordem que estão colocadas no disco, são:
  • Initiate
  • 1985
  • The Architect
  • Earthrise
  • The Endless Knot
  • Bound By Gravity

Nesse sonho oitentista, será que um dia viveremos uma utopia ou distopia tecnológica? Esse é um questionamento que o disco nos traz em vários momentos.


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1 de maio de 2020

K7 #011 - Brasil "deboinha"


O Brasil é um país de imensa diversidade musical. Samba, Bossa Nova, Tropicália, Chorinho, Caipira, etc; além de também ter sido influenciado por gêneros vindos de outros países. Apesar disso, a música brasileira não é algo que eu procure escutar por conta própria, apesar de conhecer alguma coisa.

Nestes últimos dias tenho ajudado minha irmã com os textos que ela tem publicado juntamente com seus vídeos para divulgar seu trabalho como professora de educação física. Nessa conversa, pedi para ela me desafiar em um tema de playlist, e a palavra diante disso foi: músicas deboinha brasileiras.

Na mesma conversa testei o limite de quão agitado eu poderia ir, já que quando ela diz "deboinha", ela não quer nenhum ser vivo tendo sua garganta rasgada enquanto canta. O meu limite foi aceito e com isso se tornou fácil a escolha das músicas. Na verdade não muito, porque quando achei que tinha colocado muitas, ainda faltavam 30 minutos para fechar a 1 hora.

Enfim, aqui estão as músicas brasileiras, cantadas em português, limitadas a uma por artista, que são "deboinha".

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