🇧🇷 A Canção Lógica
[Verse 1]
Quando eu
era jovem parecia que a vida era maravilhosa
Um
milagre, ah era tão bonita, mágica
E todos os
pássaros nas árvores cantavam tão felizes
Ah,
alegres, brincalhões, eles me observavam
Mas depois
eles me mandaram para longe para me ensinarem a ser sensato
Lógico, ah
responsável, prático
E me
mostraram um mundo onde eu poderia ser muito confiável
Ah,
clínico, ah, intelectual, cínico
[Chorus 1]
Há
momentos quando todo o mundo dorme
Em que os
questionamentos são tão grandes
Para um
homem tão simples
Você não
vai, por favor, por favor, me dizer o que aprendemos?
Eu sei que
parece absurdo
Mas por
favor diga-me quem eu sou
[Verse 2]
Agora
cuidado com o que você diz ou eles vão te chamar de radical
Um
liberal, ah, fanático, criminoso
Ah, por
que você não assina o seu nome? Gostaríamos de ver que você é aceitável
Respeitável,
ah, apresentável, um vegetal
Ah, pegue,
pegue, pegue, sim!
[Instrumental
Bridge]
[Chorus 2]
Durante a
noite quando todo o mundo dorme
Em que os
questionamentos são tão grandes
Para um
homem tão simples
Por favor
(você não me dirá?)
Por favor
diga-me o que aprendemos?
(Consegue
me ouvir?) eu sei que parece absurdo
(Consegue
me dizer?) Mas por favor diga-me quem eu sou
Quem eu
sou
Quem eu
sou
Quem eu
sou
Ah
[Outro]
Pois me
sinto tão ilógico
D-d-d-d-d-d-digital
Um, dois,
três, quatro, cinco
Oh oh oh
oh
Inacreditável
I-i-incrivelmente
maravilhoso
|
Meu pai, durante um tempo, me ajudava a observar os textos das
músicas sobre as quais escrevi, e vez ou outra peço a ele algum versículo
bíblico que se encaixe com algo que estou escrevendo. A ajuda mais recente foi
quando coloquei no meu "diário virtual" sobre a música The Space Between Us do Eric Clayton. Um tempo atrás ele havia pedido para que eu
colocasse meu ponto de vista sobre a música de hoje: The Logical Song.
Essa música, lançada originalmente em 1979, é uma crítica sobre a
vida do ser humano e seu processo de aprendizagem no mundo, sobre compreender a
si mesmo. Isso foi afirmado pelo próprio compositor em uma entrevista em 2016.
Desde
pequenos ouvimos que temos que ser isso ou aquilo, que temos que estudar para
sermos os melhores, que não podemos ficar para trás. Dizem que temos que
escolher a profissão X ou Y porque é ela quem dá dinheiro, e se o contrário é
dito, podem surgir acusações como, a própria música sugere, "liberal,
fanático, criminoso".
Crime é
impormos algo para nossos pequenos, já que hoje somos os adultos que, de certa
forma, vivenciamos isso quando mais novos. Devemos ajudá-los a encontrar o que
realmente gostam e motivá-los a estudar por isso.
Fico
chateado quando, em épocas de vestibular, somente os cursos de medicina são
exaltados. Não nego a importância deles, jamais, mas, para um médico ser o que
é, não foram apenas outros médicos que os ensinaram. Eles tiveram professores
das mais diversas matérias como biólogos, químicos, linguistas, dentre outros.
O problema se agrava quando a pessoa escolhe a graduação por pressão dos amigos
ou familiares. Todo senso de característica própria some e a pessoa não sabe o
que ela quer ou quem mesmo ela é.
É
complicado mudar em nós, adultos, o que passamos pela infância. Podemos sim nos
adaptar e reinventar para uma nova realidade, o que muitos já têm feito ao
mudarem de emprego e se sentirem realizados com isso, mas não podemos cometer
este mesmo erro com nossos pequenos que estão na tenra idade do aprendizado.
Se você é
pai ou mãe, não imponha sobre seus filhos o seu sonho. Estimule-os a terem os
próprios sonhos e desejos. Deixem que elas sonhem em serem astronautas,
bombeiros, super-heróis. Isso pode vir a mudar no futuro ou não. Também escrevi
sobre isso no meu "diário virtual".
Que você
se encontre em suas realizações próprias e que ajude nossos pequenos a se
encontrarem, sem colocar pressão alguma sobre eles.
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